A nova proposta apresentada pela exchange FTX em processo de falência - que planeia isentar a responsabilidade de pagamento de determinados credores da região - está a enfrentar uma forte resistência legal por parte de um grupo de usuários chineses.
Representante dos credores chineses apresenta uma objeção legal formal
No dia 8 de julho de 2025, o credor da FTX Weiwei Ji apresentou uma objeção formal ao Tribunal de Falências de Delaware dos EUA em nome de 300 outros opositores (Objection).
Controvérsia central: 49 usuários de "zonas restritas" temem perder o direito a compensação
O núcleo deste documento legal é a proposta de oposição ao administrador de bens em falência (Bankruptcy Estate), que tenta limitar o pagamento de compensações aos usuários em 49 jurisdições, sob a alegação de que as transações de criptomoeda são proibidas ou têm um status legal indefinido nessas regiões. A China é uma das regiões-chave em análise (representando mais de 80% do valor total dos credores afetados), e outros países restritos incluem Rússia, Marrocos, Coreia do Norte, entre outros.
Se a proposta for oficialmente aprovada, os credores dessas áreas serão excluídos do atual processo de distribuição de ativos.
Representante chinês refuta: base legal insuficiente, a posse de criptomoedas é legal
Weiwei Ji (portador de passaporte chinês, residente fiscal em Singapura) apontou na carta de objeção que incluir a China na lista de restrições não corresponde aos fatos e carece de fundamento legal. Ele enfatizou que não existe qualquer risco regulatório ou criminal na alocação de fundos para os usuários daquela região.
“O FTX Recovery Trust (Administrador da falência da FTX) tentou reter os pagamentos de distribuição aos credores chineses com base em uma interpretação da jurisdição sobre a regulamentação de criptomoedas, e esta prática é irracional e carece de fundamento legal,” Weiwei Ji escreveu, “não há nenhuma base legal confiável que leve à conclusão de que a distribuição de pagamentos aos credores chineses colocaria o truste ou qualquer agente de distribuição em risco regulatório ou criminal.”
Ele destacou que os créditos da FTX são denominados e liquidadas em dólares americanos, e não em criptomoedas, e que os residentes chineses podem receber legalmente os pagamentos através de canais padrão, incluindo transferências eletrônicas de contas em Hong Kong.
Argumentação legal: A China reconhece as criptomoedas como propriedade pessoal legal
Para reforçar seu argumento, Weiwei Ji destacou a posição legal das criptomoedas dentro do quadro jurídico chinês.
“Em China, possuir criptomoedas (e não realizar transações) é ‘legal’.”
Weiwei Ji argumenta que, embora as transações de retalho possam ser limitadas, a posse de criptomoedas em si continua a ser legal na China. Os tribunais chineses reconhecem claramente ativos como Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH) como propriedade pessoal. Esta visão é apoiada por precedentes anteriores, incluindo uma decisão de um tribunal em Xangai em 2024, que confirmou o status protegido dos ativos digitais sob a lei civil.
Hong Kong Status Especial: Portal de Criptomoeda Judicial Independente e em Conformidade
Weiwei Ji também apontou que Hong Kong adota uma posição mais amigável em relação às criptomoedas, operando sob uma estrutura legal independente e apoia ativamente atividades de ativos digitais regulamentados. Isso reforça ainda mais a legalidade e viabilidade dos credores do continente chinês receberem compensações em dólares americanos através de canais de Hong Kong.
No dia 7 de julho, foi noticiado que, à medida que a liquidação da FTX entra em uma fase crítica, uma proposta altamente controversa - um plano de tratamento de reclamações para usuários de "países restritos" - provocou um grande alvoroço entre os credores globais.
A entidade de liquidação da FTX afirmou que irá primeiro buscar aconselhamento jurídico para determinar se é possível distribuir ativos para essas jurisdições; se a conclusão for que não é possível compensar, os créditos relacionados podem até ser "legalmente confiscados" e transferidos para uma conta fiduciária de liquidação. Isso significa que os credores chineses podem não receber nem um cêntimo, e seus ativos podem até se tornar "fundos confiscados" do fundo fiduciário.
De acordo com os dados divulgados por Sunil, representante dos credores da FTX, nas redes sociais, o montante total de reclamações em jurisdições restritas é de 470 milhões de dólares, com investidores chineses sendo o maior grupo de detentores de créditos da FTX, possuindo reclamações no valor de 380 milhões de dólares, o que representa 82% dos créditos restritos.
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A FTX propõe privar os credores chineses do direito a compensação, enfrentando uma ação coletiva de 300 usuários.
A nova proposta apresentada pela exchange FTX em processo de falência - que planeia isentar a responsabilidade de pagamento de determinados credores da região - está a enfrentar uma forte resistência legal por parte de um grupo de usuários chineses.
Representante dos credores chineses apresenta uma objeção legal formal
No dia 8 de julho de 2025, o credor da FTX Weiwei Ji apresentou uma objeção formal ao Tribunal de Falências de Delaware dos EUA em nome de 300 outros opositores (Objection).
Controvérsia central: 49 usuários de "zonas restritas" temem perder o direito a compensação
O núcleo deste documento legal é a proposta de oposição ao administrador de bens em falência (Bankruptcy Estate), que tenta limitar o pagamento de compensações aos usuários em 49 jurisdições, sob a alegação de que as transações de criptomoeda são proibidas ou têm um status legal indefinido nessas regiões. A China é uma das regiões-chave em análise (representando mais de 80% do valor total dos credores afetados), e outros países restritos incluem Rússia, Marrocos, Coreia do Norte, entre outros.
Se a proposta for oficialmente aprovada, os credores dessas áreas serão excluídos do atual processo de distribuição de ativos.
Representante chinês refuta: base legal insuficiente, a posse de criptomoedas é legal
Weiwei Ji (portador de passaporte chinês, residente fiscal em Singapura) apontou na carta de objeção que incluir a China na lista de restrições não corresponde aos fatos e carece de fundamento legal. Ele enfatizou que não existe qualquer risco regulatório ou criminal na alocação de fundos para os usuários daquela região.
Ele destacou que os créditos da FTX são denominados e liquidadas em dólares americanos, e não em criptomoedas, e que os residentes chineses podem receber legalmente os pagamentos através de canais padrão, incluindo transferências eletrônicas de contas em Hong Kong.
Argumentação legal: A China reconhece as criptomoedas como propriedade pessoal legal
Para reforçar seu argumento, Weiwei Ji destacou a posição legal das criptomoedas dentro do quadro jurídico chinês.
Weiwei Ji argumenta que, embora as transações de retalho possam ser limitadas, a posse de criptomoedas em si continua a ser legal na China. Os tribunais chineses reconhecem claramente ativos como Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH) como propriedade pessoal. Esta visão é apoiada por precedentes anteriores, incluindo uma decisão de um tribunal em Xangai em 2024, que confirmou o status protegido dos ativos digitais sob a lei civil.
Hong Kong Status Especial: Portal de Criptomoeda Judicial Independente e em Conformidade
Weiwei Ji também apontou que Hong Kong adota uma posição mais amigável em relação às criptomoedas, operando sob uma estrutura legal independente e apoia ativamente atividades de ativos digitais regulamentados. Isso reforça ainda mais a legalidade e viabilidade dos credores do continente chinês receberem compensações em dólares americanos através de canais de Hong Kong.
No dia 7 de julho, foi noticiado que, à medida que a liquidação da FTX entra em uma fase crítica, uma proposta altamente controversa - um plano de tratamento de reclamações para usuários de "países restritos" - provocou um grande alvoroço entre os credores globais.
A entidade de liquidação da FTX afirmou que irá primeiro buscar aconselhamento jurídico para determinar se é possível distribuir ativos para essas jurisdições; se a conclusão for que não é possível compensar, os créditos relacionados podem até ser "legalmente confiscados" e transferidos para uma conta fiduciária de liquidação. Isso significa que os credores chineses podem não receber nem um cêntimo, e seus ativos podem até se tornar "fundos confiscados" do fundo fiduciário.
De acordo com os dados divulgados por Sunil, representante dos credores da FTX, nas redes sociais, o montante total de reclamações em jurisdições restritas é de 470 milhões de dólares, com investidores chineses sendo o maior grupo de detentores de créditos da FTX, possuindo reclamações no valor de 380 milhões de dólares, o que representa 82% dos créditos restritos.