Relatório Ripple: TradFi continua a investir em infraestrutura de Blockchain

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Nota do Editor: Na rápida evolução da tecnologia financeira, os bancos tradicionais estão silenciosamente mudando de papel, passando de observadores à margem da Blockchain para participantes profundos na construção de ecossistemas. Este relatório de pesquisa, publicado pela Ripple em conjunto com a CB Insights, revisa sistematicamente os caminhos de investimento dos bancos globais no setor de startups de blockchain desde 2020, revelando as intenções estratégicas das instituições financeiras na construção de infraestrutura de ativos digitais. Seja apostando em capacidades subjacentes como transações, pagamentos e custódia, ou envolvendo-se ativamente na construção de ecossistemas através de fusões, aquisições e participações, os bancos estão gradualmente quebrando fronteiras tradicionais, transformando-se de "velha financeira" para "financeira na cadeia".

De 2020 a 2024, os bancos globais participaram de 345 investimentos em startups de Blockchain. A maioria desses investimentos está concentrada nas fases iniciais, incluindo rodadas de sementes e rodadas A de financiamento, mostrando o alto nível de atenção e a escolha estratégica de antecipação das instituições bancárias em relação à tecnologia Blockchain e ao setor de ativos digitais. Para os bancos, esse tipo de investimento de risco não é comum, especialmente em empresas em estágios tão iniciais, o que reflete uma confiança na direção do desenvolvimento da infraestrutura de ativos digitais - acreditando que é uma parte essencial do próximo sistema financeiro que não pode ser ignorada.

Em esses investimentos, há 33 rodadas de financiamento super, ou seja, o valor de cada financiamento ultrapassa 100 milhões de dólares. De acordo com países e regiões, as instituições bancárias dos Estados Unidos, Japão, Singapura, França e Reino Unido são as mais ativas. Entre elas, o grupo SBI do Japão, o Goldman Sachs dos Estados Unidos e o SCB 10X do grupo SCBX da Tailândia se destacam particularmente. Os fundos dessas rodadas de financiamento super estão principalmente direcionados para três áreas: a primeira é infraestrutura de nível institucional, especialmente a estrutura técnica para serviços de negociação, staking e tokenização, com uma participação de 27%; a segunda é infraestrutura de sistemas de pagamento, com uma participação de 24%; a terceira são serviços de custódia de ativos digitais, com uma participação de 21%.

As três grandes transações de financiamento concluídas em 2024 ilustram ainda mais a direção específica do desenvolvimento do mercado. A fintech brasileira CloudWalk obteve aproximadamente 760 milhões de dólares em financiamentos do Banco Itaú, BTG Pactual e Banco Safra, nos meses de maio e dezembro. Desde a sua fundação em 2013, a CloudWalk tem se dedicado a modernizar os serviços de pagamento locais no Brasil através da tecnologia Blockchain e, nos últimos anos, expandiu-se para o mercado dos Estados Unidos.

No mesmo ano, em março, o grupo japonês SBI liderou a rodada de financiamento F-II da plataforma financeira integrada Solaris, na Alemanha, com um total superior a 104 milhões de dólares. A Solaris, como um importante participante no campo dos ativos digitais na Alemanha, ajudou a lançar a primeira plataforma de negociação de ativos digitais do país e a primeira plataforma de emissão de tokens de segurança regulamentados. Além disso, oferece serviços de contas bancárias digitais e soluções de custódia de ativos digitais. Após este financiamento, o grupo SBI também adquiriu ainda mais a participação majoritária na Solaris, consolidando sua presença no mercado europeu.

Por que as instituições financeiras estão apostando ativamente na Blockchain?

Os bancos globais estão a acelerar a integração de serviços de ativo digital, e algumas instituições até planeiam integrar completamente a infraestrutura financeira relacionada com Blockchain nos próximos cinco anos. De acordo com um estudo da CB Insights e da Ripple, 57% dos executivos financeiros entrevistados afirmaram que a sua instituição já está a explorar, testar ou integrar produtos e serviços de ativo digital. Entre as instituições que ainda não entraram neste espaço, mais de um terço planeia iniciar implementações relacionadas nos próximos três anos.

O interesse dos bancos pela tecnologia Blockchain pode ser reduzido a três principais fatores motivadores:

A primeira é a melhoria da eficiência dos pagamentos globais. A tecnologia Blockchain pode contornar os complexos níveis de intermediação nos pagamentos transfronteiriços tradicionais, permitindo que os fundos sejam liquidadas em segundos, reduzindo significativamente os custos e os riscos de liquidação. Especialmente sob o sistema dominado pelo dólar, a tecnologia Blockchain oferece uma forma mais simétrica de participação para as economias que não usam o dólar.

A segunda é a reestruturação estrutural do mercado de ativos trazida pela tokenização de ativos. Através da Blockchain, ações, obrigações, imóveis e mercadorias tradicionais podem ser emitidos e negociados em formato digital, o que não só aumenta a liquidez dos ativos, mas também reduz as barreiras de entrada. Essa mudança não só impacta a estrutura de investimento, mas também está gradualmente reescrevendo a precificação de ativos e a infraestrutura de negociação.

A terceira é a fusão da transparência dos dados com a tecnologia de regulação. Comparado aos sistemas de livro-razão tradicionais, a Blockchain possui maior simetria de informações, auditabilidade e capacidade de automação de processos. Isso permite que os bancos realizem a verificação de conformidade, combate à lavagem de dinheiro (AML), e a devida diligência do cliente (KYC) a um custo mais baixo.

O papel estratégico dos bancos tradicionais no ecossistema de ativos digitais

Cada vez mais, grandes bancos não são mais apenas investidores ou usuários de testes, mas se tornam participantes reais na construção da infraestrutura de Blockchain. Gigantes de Wall Street como Goldman Sachs, Citibank e JPMorgan já iniciaram projetos de Blockchain liderados por alianças ou construídos internamente.

A plataforma Onyx e o JPM Coin lançados pelo Morgan Stanley já formaram uma certa escala no mercado de liquidação institucional. O Citigroup está focado na implementação de uma plataforma de emissão de títulos tokenizados, com projetos piloto abrangendo títulos americanos, o mercado global de câmbio e sistemas de liquidação de derivativos. O HSBC completou em 2023 a sua primeira transação de tokenização imobiliária baseada na plataforma R3 Corda, com o objetivo de promover o uso de ativos blockchain na alocação de ativos tradicionais por clientes de alta renda.

Enquanto isso, as instituições financeiras asiáticas também estão acelerando o passo. O grupo SBI não apenas lançou a plataforma de negociação de ativos digitais TAOTAO no Japão, mas também, por meio de investimentos em empresas como a britânica Copper e a alemã Solaris, está acelerando a construção de pontes financeiras na cadeia entre a Europa e a Ásia. O banco DBS de Singapura lançou a bolsa de negociação digital (DDEx), apoiando a negociação e custódia de ativos criptográficos para clientes institucionais.

No domínio da custódia, as vantagens dos bancos tradicionais são particularmente evidentes. Grandes bancos com licença regulatória e experiência em gestão de conformidade tornaram-se os principais alvos de colaboração para muitos projetos Web3. Eles podem oferecer soluções de custódia de ativos digitais que cumprem as regulamentações locais e formar uma solução integrada com serviços financeiros tradicionais, como auditoria e tributação.

Ambiente de regulamentação de ativos digitais e progresso das políticas

O relatório aponta que, após 2023, o endurecimento evidente das políticas regulatórias em todo o mundo está forçando o mercado a acelerar o processo de normalização. Tomando os EUA como exemplo, o projeto de lei GENIUS já estabeleceu requisitos detalhados de licenciamento e reservas para stablecoins, custódia de ativos digitais e plataformas de negociação. O quadro regulatório MiCA da Europa exige que todos os prestadores de serviços de ativos digitais obtenham uma licença única dentro da Área Econômica Europeia.

Na Ásia, Hong Kong, China, lançou em 2023 um sistema de prestadores de serviços de ativos virtuais (VASP) e divulgou diretrizes para a emissão de stablecoins em 2024. A Autoridade Monetária de Singapura (MAS) também aumentou os requisitos de capital e a regulamentação de divulgação de informações para plataformas de criptomoedas.

As instituições financeiras devem fazer ajustes em termos de capacidade de conformidade e adaptação tecnológica para se manterem à frente neste mercado emergente. Esta é também a razão pela qual muitos bancos optam por colaborar com empresas nativas da blockchain, adquirindo recursos tecnológicos e experiência operacional através de fusões e aquisições ou investimentos estratégicos.

Conclusão: Quem ganhará o futuro das finanças digitais?

Os ativos digitais deixaram de ser uma bolha especulativa ou um "jogo de observadores". A partir do roteiro de investimento dos bancos globais, é possível ver claramente que, nos próximos cinco a dez anos, a Blockchain se tornará uma parte indispensável da infraestrutura financeira. A participação das instituições financeiras não apenas proporcionou uma validação legal ao ecossistema cripto, mas também impulsionou uma evolução institucional mais rigorosa e mais em conformidade.

Mas este processo não será fácil. As falhas no design das stablecoins, a incontrolabilidade dos mecanismos algorítmicos, os riscos de liquidação na cadeia e a discrepância entre a tecnologia e a regulamentação continuam a ser desafios que toda a indústria precisa enfrentar.

A verdadeira revolução financeira não é apenas uma mudança na forma dos ativos, mas uma reconstrução fundamental da lógica institucional, dos mecanismos de confiança e da estrutura de dados. Nesta transformação, se os bancos tradicionais conseguirem se fundir com a força nativa da Blockchain e impulsionar juntos, poderão conquistar um lugar central no futuro do mapa financeiro.

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